Acordei no meio da noite, sem sono,
E com o coração apertado.
Senti náuseas, dores, agonia.
Uma vontade imensa de chorar.
E minh’alma inquieta sofria.
Levantei-me, andei pela casa,
Lavei meu rosto, voltei para cama...
E desejei que tudo passasse ao deitar.
Mas, fiquei inquieta, rolando na cama,
Sem saída, sem sono, sem descanso.
No peito o coração parecia que ia explodir,
Uma sensação de espera, de procura.
Almejando que algo acontecesse.
E por um instante
fiquei absorta,
Aguardando o novo dia chegar...
Pois, talvez, só assim,
Eu pudesse ouvir o que meu coração queria falar.
Surpresa fiquei quando entendi a causa de tanta ansiedade.
Uma saudade tola e invasiva,
Que me atingiu brutalmente...
Quando já pensava ter esquecido completamente.
Que saudade teimosa,
Que me invade no meio da noite...
Tira-me o sono e se cala depois.
Que saudade pertinaz...
Essa saudade de nós dois!
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