E esse medo que me atormenta.
Que me devora.
Que me queima.
Medo que o amor se vá.
Que o amor desaconteça.
Que o amor adoeça.
Medo em ter que olhar em seus olhos,
E não encontrar nada de mim.
Medo que tudo tenha chegado ao fim.
Medo dos dias vazios, sem sentido.
Medo dessa saudade que invade, que se consolida.
Medo da ausência do carinho.
Medo dessa capacidade única de dirimir.
Dessa possibilidade fácil de desconsiderar.
De sentir e "des-sentir".
Medo de pela manhã não está tão a fim.
E compreender que esse depois é melhor para mim.
Medo de olhar indescritívelmente indiferente.
E compreender o quanto tudo é irrelevante.
Se foi ou não foi, não importa.
Nada do que foi é importante.
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