Hoje meu coração acordou procurando você.
Acordou assim, como esperasse como quisesse.
Como se você de alguma maneira viesse.
Ele pulsou por nós o dia todo.
Ele gritou, sussurrou, chamou seu nome.
Em silêncio fez tanto barulho.
E em seu próprio tumulto se calou.
Pobre coração!
Parece que não entendia que tudo acabou.
Esperou tanto por quem não chegaria...
Por quem já havia se despedido...
Por quem não veria, não ouviria, não sentiria...
Ele sentiu tanto sua falta!!!
Falta da amizade,
Do bom dia, do boa noite.
Da cumplicidade.
Das conversas tolas.
Do som de nossos risos.
De nossas brigas sem sentido.
Sentiu saudade de seu cheiro,
Da fragrância de seu perfume,
Dos beijos de sua boca,
Dos abraços de seus braços,
Do toque de suas mãos...
Um pouco de tudo... Um tudo de pouco.
Tentei lhe dizer que você estava longe.
Que você não viria...
Que não havia mais nós dois.
Que só havia nos restado o depois.
Mas, ele não me ouvia...
Apenas insistia.
Pobre coração!
Entendeu que estava sozinho.
Calado chorou.
E triste falou:
“Foi só por hoje, amanhã voltarei a esquecer, e viverei sem você,
porque é só o que posso fazer.”
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